AO SOAR DO RELÓGIO FINDANDO MAIS UM DIA DE TRABALHO, MARCOS SE PREPARA NA INTENÇÃO DE RETORNO AO LAR. O CANSAÇO E AS PREOCUPAÇÕES NÃO ATRAPALHAM A SATISFAÇÃO DE REVER SEUS ENTES QUERIDOS AO FINAL DO DIA.
NO CAMINHO À RESIDÊNCIA, MARCOS APRECIA OS LUGARES POR ONDE PASSA. SEU OLHAR VAI EM BUSCA DE COISAS AGRADÁVEIS, NA ÂNSIA DE APLACAR A TENSÃO DE UM DIA ESTRESSANTE.
AO SE APROXIMAR DE SUA RESIDÊNCIA, ELE SE LEVANTA, E DÁ O SINAL DE PARADA AO MOTORISTA DO ÔNIBUS. QUANDO A PORTA SE ABRE, O RAPAZ DESCE OS DEGRAUS VAGAROSAMENTE ATÉ A CALÇADA. DEIXANDO O RAPAZ NO PONTO, O COLETIVO SEGUE VIAGEM, CUMPRINDO O ITINERÁRIO ESTABELECIDO.
NESSE MEIO-TEMPO, MARCOS, CONCENTRADO EM SEUS PROBLEMAS, AVISTA A ESQUINA, À QUAL SE LOCALIZA À SUA CASA. NO MOMENTO QUE ADENTRA O DOMICÍLIO, ELE É RECEPCIONADO PELO SEU CÃO DE ESTIMAÇÃO, QUE PULA SOBRE ELE NUM FRENESI DE FELICIDADE, UM MOMENTO DE DESCONTRAÇÃO DESMONTANDO QUALQUER TIPO DE INQUIETAÇÃO.
PASSADO ALGUM TEMPO, E SATISFEITO COM O JANTAR, O RAPAZ SE DESPEDE DOS PAIS RECOLHENDO-SE AO SEU QUARTO. JÁ PREPARADO PARA DORMIR, DEITA-SE NA CAMA E FAZ SUAS ORAÇÕES NOTURNAS, APENAS UMA FRÁGIL LUZ VINHA DE UM ABAJUR SITUADO EM UMA DAS CABECEIRAS DO LEITO ONDE DORMIA.
POR PURO INSTINTO, LANÇA O OLHAR ATRAVÉS DA JANELA BUSCANDO OBSERVAR A LUA EXUBERANTE QUE SE DESTACAVA NAQUELA NOITE ESTRELADA. MAS A MENTE DE MARCOS SE RECUSAVA A PERMANECER TÃO CLARA E NÍTIDA QUANTO À NOITE QUE SE MOSTRAVA. LENTA E SORRATEIRAMENTE, AS PREOCUPAÇÕES IAM RETORNANDO, COMO UMA NUVEM SE INTERPONDO NA MENTE DO POBRE RAPAZ.