sábado, 17 de setembro de 2016

O primeiro milagre de Santa Teresinha reconhecido pelo Vaticano

   

   O primeiro milagre de Santa Teresinha reconhecido pelo Vaticano foi no dia 11 de fevereiro de 1906. Um Decreto Pontifício, promulgado solenemente, na presença de Sua Santidade, o Papa Pio XI, na Sala do Consistório, declarava a autenticidade da cura milagrosa do seminarista Charles Anne, vítima de tuberculose aguda; cura atribuída à intercessão da Irmã Teresa do Menino Jesus. Este milagre teria um grande peso para a canonização da futura santa.

   Seminarista da diocese de Bayeux e Lisieux, Charles Anne foi acometido, em 1905 por fortes hemoptises. Devido ao receio de ser forçado a interromper seus estudos. Contudo, após um ano, no dia 24 de agosto de 2006, prostrado pela febre, consultou-se com o Dr. La Néele, de Lisieux, que avaliou sua situação como gravíssima.

   Poucos dias depois, a enfermidade, que chegava ao seu último estágio, mostrou-se fulminante: febres intensas, faltas de ar, expectoração abundante. Tratava-se mesmo de uma tísica galopante. No dia 10 de setembro, frequentes hemorragias agravaram o quadro da doença.

   Exatamente neste dia ele terminava uma novena a Nossa Senhora de Lourdes, na qual acrescentara uma súplica à Irmã Teresa do Menino Jesus, cuja relíquia trazia consigo. Então, conta o jovem curado, a lembrança de Teresa me veio ao coração, a frase que marcou sua grande alma me encheu de confiança indescritível: “Passarei o meu céu fazendo o bem sobre a terra”.

  A partir daí, o jovem começou uma segunda novena, dirigida exclusivamente à Santa, no dia 02 de setembro, com a promessa, com a promessa de publicar a graça recebida, se ela me curasse.

  No dia seguinte, subitamente a febre baixou. O médico deu por terminado o tratamento. Não havia o menor sinal de cavidades pulmonares, a falta de ar também terminara, voltando assim o apetite. Foi uma cura total, “absolutamente extraordinária e cientificamente inexplicável”.

   Santa Teresinha do Menino Jesus, fiel à sua missão apostólica, dava mais um padre à Igreja. Pe. Charles Anne se dispôs a testemunhar no Processo de Beatificação e ofereceu uma de suas primeiras missas para suplicar a agilização do mesmo processo.

   Desde então, sua saúde, cada vez mais robusta, permitiu-lhe exercer, de forma incansável, operoso Ministério como Pároco, e, mais tarde, como capelão do Hospital Geral de Lisieux.