quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Santa Teresinha do Menino Jesus, Flor do Carmelo, rogai por nós!!! (Revelações Particulares)



O que mais aflige o Coração do Meu Senhor, é o de assistir o distanciamento cada vez maior de muitas de suas almas. Várias delas já perderam o contato com a Luz, com o Espírito que fortalece. Algumas, por Misericórdia de Nosso Mestre, ainda conseguem avistar, ao longe, uma esperança tênue chamando-as a retornarem aos braços do Pai. Por estarem tão afastadas do Criador, essas almas são como um objeto valioso sem um guardião a fim de protegê-lo. Não tarda muito, e as tentações vão se achegando e, não demoram a perceber as trevas que rodeiam as ovelhas desgarradas. Satisfeitas com a nova morada, elas tomam posse como se fossem os novos senhorios. São como lobos à procura dos mais fracos do rebanho. Como sangra o Coração do Meu Amado, ao presenciar o Seu rebanho indo adiante, enquanto Suas ovelhas errantes ficam pelo caminho por estarem enredadas com os demônios. 
( Revelações Particulares )

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!

Santa Teresinha do Menino Jesus (Revelações Particulares)



Intercedo pelas pessoas que clamam o meu nome, levando as minhas rosas até elas. Rosas que igualmente são um presente do próprio Jesus, meu Belíssimo Esposo, para mim. O cheiro das minhas rosas é suave, rosas celestiais que exalam o perfume de Jesus, o Meu Senhor. Rosas que penetram nas almas à quem de fato abrem seus corações rogando pelo meu auxílio. Ao prestar socorro aos meus irmãos, sinto a Plenitude do Espírito tomando conta do meu ser. Plenitude esta que se completa ao jogar as minhas rosas por onde o Meu Amado passe. Como o coração do Meu Senhor se deleita com essa minha conduta, o nosso Deus se apraz com os agrados que fazemos a Ele. Por outro lado, uma grande compaixão me cobre por inteira quando observo inúmeras almas que não clamam por coisa alguma. Almas ressequidas e sem esperança no meio de um grande deserto, almas perdidas sem um pastor que as conduza à uma fonte, a fim de saciarem a própria sede. E diante do que vejo, imploro a Jesus que tenha Misericórdia por essas pobres criaturas. Em algumas delas sou atendida, porém, tantas outras continuam sendo privadas das Graças de Nosso Salvador. Nem todos os Seus Desígnios Ele nos revela.
( Revelações Particulares )

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!

domingo, 20 de agosto de 2017

O Lago Verde - O Final

   

  Confiando plenamente no que a moça tinha dito, ele adentrou naquele mundo tão encantador. Seguro de si, Marcos não tem a menor dúvida em segui-la. A beleza do local era tanta, que por vezes seus sentidos permitiam escapar alguma coisa. 

  Prosseguindo com a caminhada, o rapaz admirava-se com o que lhe era proporcionado. Como se não bastasse tanto deleite, de súbito, rompia-se diante dele um grande lago com uma luz dourada que pairava sobre as águas esverdeadas. O gramado que o rodeava assemelhava-se a um tapete aveludado. 

   Às margens desse lago pessoas conversavam umas com as outras. Uma parte delas passeavam às margens das águas, enquanto o restante estavam sentadas, mas todas aparentavam uma imensa felicidade em seus rostos, uma harmonia plena.

    — Está gostando do que vê? — Indagou a moça! — Contudo antes de o rapaz responder, crianças vieram até ao encontro da jovem pedindo para brincar! — A criançada gritava pelo nome dela sem parar! — Percebia-se que a moça era muito amada não apenas pelas crianças mas também pelos adultos.

    — Aqui tudo é perfeito! — Respondeu Marcos! — A perfeição está em todos os lugares, nas pessoas, nos ambientes, como se tudo fosse uma só coisa! — Completou de forma esfuziante!

    O desejo de permanecer ali envolto em tanta alegria crescia em seu coração. A decisão de não retornar para a família se consolidava dentro da mente do rapaz. Porém, a moça interrompendo seus pensamentos disse:

     — Marcos, está na hora de voltar! — Surpreso, ele tentou argumentar mas tudo foi em vão. — A jovem decidida lhe disse: — Existem pessoas que te amam, que precisam de você, por ora terá que ir, mas um dia voltarás e eu lhe mostrarei todas as maravilhas deste lugar! — Logo percebeu que eram palavras de despedida.

    Quando ela acabou de pronunciar essas palavras, uma voz familiar invade os ouvidos do rapaz, essa mesma voz foi se intensificando e tomando conta do seu ser. Ao mesmo tempo aquele mundo maravilhoso ia sumindo de seus olhos, simplesmente desaparecendo.

       — Marcos, meu filho, acorde!

     Ao abrir os olhos, ele enxerga a própria mãe à sua frente. — Dormiu pesado meu querido! — Chegou a hora de tomar o remédio novamente! — Exclamou a mãe dedicada!

     Ao ver a situação o menino sentiu um grande desapontamento. Com tudo levando a crer que fora um sonho, era como ter deixado um paraíso para trás. Todavia, em seguida, a decepção se converteu em uma consolação sem precedente, Marcos experenciava uma sensação jamais sentida, algo arrebatador.

     Dentro do seu coração nem de longe foi apenas um sonho, seu espírito sentia-se renovado. Marcos não deixara de sentir suas dores físicas e emocionais, entretanto, via-se mais fortalecido depois do ocorrido. Uma estranha convicção de que a sua vida já não era mais como antes, como se tivesse nascido outra pessoa em uma nova existência.

terça-feira, 11 de julho de 2017

O Lago Verde - Parte 4




   À medida que caminhava o temor gradualmente ia ficando para trás, mesmo que em meio àquela caminhada o menino também observava formas estranhas e sinistras ao seu redor. Esses contornos medonhos insistiam em distraí-lo, em tirá-lo de seu rumo — Não vá meu rapaz, lá não existe nada para você! — É uma perda de tempo! — Concluia a estranha figura.

   Indiferente às tentativas de convencê-lo a mudar de ideia, Marcos, continuava em frente, a passos firmes. Quanto mais se aproximava daquela luz, maior era sua alegria. Receios e inseguranças cediam espaços a uma coragem repentina e surpreendente.

   Embora a dor em seu braço persistisse, sentimentos de bem-estar passavam a reinar em sua consciência, por todo o corpo. A sensação era de que nada e ninguém o impediria de chegar até a claridade.

   Diante da determinação do garoto, as figuras horrendas o insultam duramente. Provocações variadas tinham como alvo roubar a admiração daquele jovem pela luminosidade tão magnífica, tão sublime.

   — Deixe de ser teimoso seu maldito, o que você quer encontrar nessa luz? — Não há nada de especial te esperando! — Arrematou o ser sinistro.

   Desta maneira, os xingamentos prosseguiam numa verdadeira saraivada vinda de todos os lados. Não demorou muito para que os insultos se transformassem em acusações de todos os tipos. 

   Com o aumento das agressões, os seres, cheios de ódio, tornavam-se ainda mais macabros e monstruosos. Além disso, a persistência de Marcos acirrava a irritação das criaturas ao limite, a ponto delas ficarem com os olhos tão avermelhados como se fossem pares de labaredas de fogo.

   Quando o clarão estava bem perto, um desses seres disse ao rapaz:

   — Ainda vou te pegar um dia!

   Marcos o fitou sem se intimidar diante da ameaça. Em seguida, fechou os olhos num momento de introspecção, permanecendo nesse estado por alguns segundos. Ao retornar da breve meditação todos aqueles seres maléficos haviam desaparecido. Agora o que tinha à sua frente era o brilho esplendoroso que o envolvia em um todo perfeito.

   Chegando ao local, o jovem atravessa lentamente o fulgor intenso. Aos poucos, o ambiente se convertia em uma brancura inimaginável, transmitindo uma paz profunda e consoladora. Associado a isso, o garoto experimenta uma força que o percorria da cabeça aos pés, assemelhando-se a uma corrente elétrica a qual, fazia-o estremecer por completo.

   Inteiramente extasiado, Marcos não cabia em si de tanta felicidade, mal podia crer no que estava ocorrendo. Enquanto permanecia mergulhado no êxtase ele avista uma jovem mulher vindo em sua direção, conforme ela se aproximava, mais o local se modificava. Um mundo de belezas indescritíveis se vislumbra aos seus olhos.

   Algum tempo depois, finalmente a moça se pôs à frente de Marcos e disse:

   — Venha meu jovem, contemplarás maravilhas! — Ele por um instante hesitou! — Vendo sua hesitação a jovem mansamente e com um sorriso no rosto afirmou: — Não tenhas medo, nenhum mal o atingirá neste lugar!

quinta-feira, 18 de maio de 2017

O Lago Verde - Parte 3

 


   O esposo de prontidão rebateu:

   - Fique tranquila minha querida, ele mesmo fez questão de vir! - Nosso filho irá se distrair e curtir as férias com os irmãos! - Mas para te deixar mais calma vamos pernoitar em uma pousada que se localiza nesse mesmo lugar!

   Passado o diálogo não tardaram em avistar a hospedaria, juntamente a ela o posto de gasolina. Sem demora o automóvel foi estacionado com o intuito de abastecê-lo. A família já se encontrando cansada pela desgastante viagem, encaminha-se à pousada.

   - Meu filho, acorda!

   Obedecendo a ordem de sua mãe, Marcos desperta do sono, só que para sua surpresa não era ela. Ele espiou em todos os lados, ninguém por perto, nenhuma alma viva. De repente notou-se no meio do nada, abandonado na estrada, a única lembrança é o carro ali parado.

   - O que está acontecendo? - Perguntou o rapaz a si mesmo.

   Depois de algum tempo chamando pelos seus pais e irmãos, a agonia avançava pela falta de resposta. Vendo-se perdido, o garoto sentia o desespero bater à sua porta. Considerando sua pouca idade era um fardo muito pesado de suportar.

   - Socorro! - Alguém me ajude! - Gritou o jovem!

   O que se seguiu foi um silêncio aterrador. Contudo, neste ínterim, Marcos vislumbra um clarão, uma grande luz branca resplandecendo no meio de toda a escuridão. Imediatamente a atração foi maior que o medo como um inseto hipnotizado por uma lâmpada. Os primeiros passos em direção à claridade foram lentos, inseguros, cercados de dúvidas. Indecisões, às quais, convertidas em fascínio, tamanho a grandeza desse brilho.

terça-feira, 16 de maio de 2017

O Lago Verde - Parte 2

   

   E a viagem prosseguia, todavia, nesta ocasião, o percurso seria muito mais longo. Um dia e uma noite seriam precisos a fim de chegarem ao ponto de destino. Independente do cansaço, os viajantes encontram disposição de permanecerem acordados, os mínimos detalhes eram registrados pelos ocupantes daquele carro.

   No instante em que a noite finalmente se fez presente, trouxe também a lua e as estrelas. O céu limpo, sem nuvens, colabora fielmente com toda essa beleza encantadora. No entanto, mais uma vez, Marcos não se encontrava no mesmo contexto de sua família. O menino após ingerir o remédio, adormecera no banco de trás.

   Vendo seu filho adormecido e com fisionomia sofrida, a mãe zelosa estende seus braços com a intenção de ajeitá-lo melhor. Por mais que todos os cuidados fossem providenciados, o prolongado passeio maltratava o pobre braço.

   - Marido, temos que parar um pouco para esticar as pernas! - Disse a esposa.

   - Logo à frente há um local de parada! - Respondeu o homem. E continuando disse:

   - Temos que abastecer de qualquer forma, vamos aproveitar e jantar em seguida! Respondeu prontamente.

   A mulher retomando a fala completou:

   - Estou um pouco aflita com o nosso filho! - Talvez não devíamos ter feito essa viagem, está sendo um sacrifício para ele! - Falou a mãe apreensiva.

Primeiro Milagre de Santa Teresinha na Madeira no dia de sua morte

          Ao cair da tarde do dia 30 de Setembro de 1897, a florzinha branca do Carmelo escuta a Voz do Senhor da Vida e da Morte, pronto a “romper a teia deste doce encon­tro”, na expressão feliz da poesia mística de S. João da Cruz, em Chama viva de Amor.
          Perto da janela da enfermaria, o canto alegre e pertinente de um passarinho aumenta a tristeza das Irmãs Martin, também carmelitas, que velam junto do benjamim da família – a Ir. Teresinha do Meni­no Jesus e da Santa Face. No limi­ar da eternidade, lança à sua prioresa, Madre Gonzaga, um derradeiro olhar, humilde e supli­cante: “Apresente-me depressa à Santíssima Virgem, eu sou um bebé que não pode mais!... Prepare-me para morrer bem...” (Últi­mos Conselhos e Recordações). No meio de indizíveis sofrimentos físi­cos e espirituais, irrompe dos seus lábios moribundos um grito de amor: “Não me arrependo de me ter entregue ao Amor. Meu Deus, eu amo-Vos. Oh! Amo-Vos!” (Caderno Amarelo).
          Pouco depois, com o rosto trans­figurado e iluminado por inexplicá­vel luz celeste, falecia santamente. Tinha 24 anos de idade e nove de vida consagrada na Ordem de Nos­sa Senhora do Carmo.
          O seu belo sorriso e a novidade da espiritualidade da infância, nar­rada na sua autobiografia – Histó­ria de uma Alma – depressa con­quistaram o mundo. Mas, em 1897, era ainda muito pouco conhecida fora dos muros do seu Carmelo.

A força da oração, uma chuva de rosas
 
         Decorria o ano de 1897. A Irmã Virgínia da Paixão, a humilde reli­giosa clarissa do Mosteiro de Nos­sa Senhora das Mercês no Funchal, encontrava-se gravemente doente, devido a uma queda nas escadas. Esta enfermidade fazia-a sofrer imenso, não só pelas dores físicas, mas pela relutância que experimen­tava em deixar-se examinar pelo médico. Com a força das dores não conseguia conciliar o sono. Na noi­te de 30 de Setembro, sentindo au­mentar os sofrimentos, pediu ao Senhor que a curasse por interces­são da primeira alma que entrasse naquele momento no Paraíso. A resposta do céu não se fez esperar. Narra-nos a Madre Virgínia nos seus escritos: “Senti uma mão invi­sível que me tocava e vi junto do meu leito uma religiosa vestida de hábito pardo, manto branco e véu preto na cabeça. Conheci que não era a nossa enfermeira. Era manhã, mas ainda fazia escuro, e reconhe­ci à luz bruxuleante da lâmpada, que era uma religiosa nova e muito formosa. Referiu que Jesus, respon­dendo à minha súplica, a tinha en­viado para lhe dizer ser Sua vonta­de me submetesse ao exame clínico prescrito e me deixasse tratar. Ela seria a minha fiel enfermeira. Perguntei-lhe quem era. Por fim, sor­riu e disse: eu sou uma religiosa carmelita, chamada Teresa do Me­nino Jesus e da Santa Face, que acabo a vida mortal e entro já no Paraíso. Recomendou-me segredo até ao tempo que aprouvesse ao di­vino Senhor revelar (o milagre) e desapareceu” (Apontamento Bio­gráfico do Padre João Prudêncio da Costa).
          A Madre Virgínia relata que o médico fez a intervenção cirúrgica conveniente e que Santa Teresinha do Menino Jesus foi a sua fiel e de­dicada enfermeira, tirando-lhe to­das as dores. “Fiquei perfeitamente boa. Fui curada milagrosamente. Isto deu-se no dia 30 de Setembro para 1 de Outubro de 1897. No dia 4, festa do meu Pai S. Francisco, já pude tomar parte nas funções da comunidade”. Clinicamente era inexplicável como em tão pouco tempo se realizou a prodigiosa cu­ra. Mistérios de Deus: nesse mes­mo dia, em Lisieux, realizava-se o funeral de Santa Teresinha do Me­nino Jesus e da Santa Face.